Começo por saudar todos os portugueses e lusófonos que lêem este blog, e em geral as mentes curiosas que se interessam pelas escolas do voluntarismo, do objectivismo, do libertarismo, do anarco-capitalismo ou de qualquer outra ideologia ética, política, social ou económica dentro deste espectro.
Nesta publicação gostava de referir duas situações que me ajudarão a transmitir o princípio que eu acho basilar para o funcionamento duma sociedade livre e civilizada. O primeiro destes conceitos é a praxe. Como estudante universitário contacto inevitavelmente com actividades académicas e obviamente a praxe não é excepção. No que toca à minha opinião, a praxe é algo por que nutro uma grande estima e respeito, embora a considere uma (perdoem-me o vernáculo) merda colectivista, opressiva, autoritária e paternalista. E mesmo tendo estes atributos todos que eu desgosto categoricamente, é uma instituição voluntária, i.e. todos os seus membros estão lá sem estarem coagidos, ou seja, por consentimento mútuo dos novos membros e dos já pertencentes à hierarquia vigente.
Por outro lado temos a actividade tributária fiscal, também conhecida por impostos, da qual nutro a mesma opinião que o conceito referido anteriormente: uma merda colectivista, opressiva, autoritária e paternalista. Contudo, esta actividade não é de todo voluntária. A pergunta moral impõe-se sempre: se eu decidir, de minha justiça, que não quero contribuir para o bolo fiscal e consequentemente não poder usufruir dos benefícios inerentes à redistribuição centralizada, posso? Naturalmente que sim, mas esta opção possui um gigantesco asterisco, um "senão". Se eu decidir como propus anteriormente, os agentes fiscais e jurídicos irão rotular a minha livre e voluntária decisão de evasão fiscal, punida com coima, expropriação ou até cadeia. Isto é, terão "legitimidade" de utilizar violência contra alguém que violou o contrato social, algo que nunca me comprometi, mas magicamente com o meu nascimento nesta social democracia que dá pelo nome de Portugal, toma imaculada validade.
A diferença e o princípio chave está na liberdade para escolher, na acção voluntária, contudo como em muitas situações do nosso quotidiano temos "liberdade" para escolher, mas somente a(s) decisão(ões) que uma entidade centralizada define como acertada(s).
Best wishes,
Tiago Águia de Moura
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